terça-feira, 6 de abril de 2010

Ainda que por vezes me esqueça, ainda que chore, desespere e me ache a criatura mais infeliz do mundo, ainda que tudo isso e mais alguma coisa... devia estar profundamente agradecida por tudo o que tenho. Por todos a quem (felizmente) tenho.

Dou por mim muitas vezes a lamentar-me de problemas que não o são, de tristezas que não existem, do infortúnio da minha vida. Não relativizo o suficiente, centro e concentro-me nos meus "problemas" como se não houvesse mais nada no mundo. Não estou a procura de soluções. Estou a espera que alguém - como que por magia - coloque ao meu colo a solução.

Puro egoísmo.

Confesso que sinto um certo "alívio" (não será esta a palavra certa, mas não encontro outra agora) quando digo que não dá mais. Nesses minutos sinto a tua fragilidade e vejo as lágrimas a rolarem do teu rosto. Não sinto esse "alívio" por fazer-te sofrer, claro que não. Mas porque nesses momentos, percebo que eu sou importante para ti. Que a minha possível ausência causa-te tristeza, angústia. E isso para mim e para a complicação que é o novelo da minha cabeça é prova de que gostas. De que queres estar comigo.

Sei que tenho de crescer. Amadurecer. Deixar desses joguinhos de adolescente inconsciente. E sinto imensa vergonha de ser assim.

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