terça-feira, 18 de maio de 2010

As desculpas não se pedem, evitam-se

Por norma sou uma pessoa muito carinhosa, meiga, sempre a distribuir mel pelas pessoas de quem gosto verdadeiramente.

Bem, na verdade até podia escrever que sou mesmo é cola. Ficava melhor e era mais honesto. Até hoje os meus "alvos" nunca se queixaram, à excepção das minhas irmãs que não são dadas a essas coisas. O A., os meus pais, a minha avó e mesmo os meus cães, adoram que eu esteja a volta deles, feito um passarinho a saltitar de feliz por tê-los comigo.

Na mesma proporção da doçura tenho a estupidez que me ataca a cada vez que sinto ciúmes, que me sinto insegura.

Sou capaz de dizer sem pensar as maiores barbaridades, sou perita em "picar os miolos", espicaçar, atiçar, sem me preocupar se estou a magoar ou não, se estou a ultrapassar os limites ou não.

Quando dou por mim, que é como quem diz, quando a razão volta a encarnar no meu corpo, arrependo-me, peço desculpas. Choro, um choro descontrolado, cheio de mágoa, cheio de arrependimento. Mas o mal já está feito e não há nada que o apague. As feridas estão abertas.

E de um momento para o outro, quero que tudo volte a ser bom, e que haja novamente sorrisos, e alegria, e vontade de estar, e desejo e que se esqueça aquele momento mau.

Só que nada disso volta no imediato. Demora algum tempo. A mim só me resta esperar.

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