terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Pela boca morre o peixe

Lá fui ao Sr.Doutor. Tive medo de ir sozinha pelo que o meu homem acompanhou-me sempre com aquela positividade que lhe é tão característica.

Atrapalhei-me toda a contar os meus males e por momentos pensei que de facto todos os meus sintomas não tinham qualquer lógica, tal não era a expressão de tranquilidade e de alguma incredulidade também do médico que me atendia. Imagino que deve ter pensado que eu sou hipocondríaca (que sou) e que com tantas doenças gravíssimas por aí, estava ali eu, a ocupar uma vaga de um especialista para os meus sintomas quase psicológicos (digo eu agora).

Depois de conhecer a minha histórica clínica, de um ECG e da auscultação veio o veredicto.

O Sr.Doutor diz que sim, que está tudo bem, que não há sopro nem vento neste meu coraçãozinho. Que está de boa saúde e recomenda-se. Que quanto muito eu podia padecer da Síndrome de Tietze mas que não tinha qualquer motivo para alarme. Disse-me que podia continuar a praticar desporto sem qualquer problema. Confesso que por alguns milésimos de segundo fiquei aborrecida. Então agora não ia ter nada para me queixar, nem podia fazer beicinho a pedir miminhos? Depois percebi que era uma sortuda e que devia agradecer por ser uma pessoa saudável.

No fim, saí de lá aliviada e com uma alegria imensa. E com a certeza que posso andar a saltitar sem ter aquele pensamento constante: "será que o meu coração aguenta?"

E porque é que pela boca morre o peixe? Porque a sugestão para comemorarmos foi jantar fora. Ah pois é... e lá fomos nós jantar no dia dos namorados. E acabamos por fazer a comemoração 2 em 1.

Obrigadinha Sr. Doutor. Tirou-me o mundo das costas.

1 comentário:

Cheiro Escondido disse...

Também tenho o mesmo.
Mas felizmente ainda não tive nenhuma crise a sério.
Força