quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Nunca é demais agradecer
Nos dias em que estive no fundo do poço e não podendo/querendo falar com ninguém do meu círculo próximo sobre o que estava a acontecer, decidi num ímpeto escrever um mail com tudo o que me ia na alma e enviar a alguém que acompanho diariamente. Alguém com quem me identifico na forma de pensar.
Sabia que era uma parvoíce o que estava a fazer. Ao mesmo tempo sabia que mesmo que do outro lado me tomassem por louca, o pior que poderia acontecer seria uma resposta amarga.
E assim foi. Enviei o mail e por algumas horas a angústia que me atormentava diminuiu. Passados 2 dias, chegou a resposta. E não foi amarga. Bem pelo contrário. Foi dura, mas realista. Foi "cruel", mas com palavras de esperança. E chegou num momento em que a tristeza já me tinha tomado por completo. Num momento em que os olhos já tinham dificuldade em abrir de tão inchados que estavam.
Durante alguns dias seguintes, trocámos alguns mails. E as palavras dela foram sempre de afecto, de ânimo e de coragem. E de alguma forma, as coisas foram ficando melhores, devagarinho é certo, mas melhores.
Li todos os livros que ela aconselhou, segui todos os seus conselhos até achar que estava pronta para enfrentar a situação, tornei-me mais forte tentando não desiludi-la no esforço que estava a fazer para ajudar mesmo não me conhecendo de parte alguma.
Passadas 2 semanas, felizmente, tudo acabou por se resolver. E fiz questão que a primeira pessoa a saber fosse ela. E agradeci-lhe. E talvez ela nem saiba o quão importante foi tê-la "por perto" nesses dias. Não fez julgamentos, não criticou, apenas esteve presente com palavras amigas.
E percebi que por vezes os amigos não têm de estar sempre presentes.
Obrigada, Vanity. Mesmo muito obrigada.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Esta é mesmo a descrição de uma verdadeira amiga. Conserva-a;)
É bom podermos contar com pessoas assim, de coração enorme :-)
Beijinhos,
Sofia
Enviar um comentário